Estava dando um rolê pela net e encontrei esse texto incrível da jornalista Thamires Tancredi sobre o São Paulo Fashion Week (SPFW). É que, após dar um show de representatividade nas últimas duas edições – trazendo Bia Gremion, Akeen Kimbo e MC Carol nos desfiles da Laboratório Fantasma; e Fluvia Lacerda nas passarelas de Ronaldo Fraga – parece que tínhamos uma luz no fim do túnel do principal evento de moda do país.

“Dava para contar nos dedos o número de mulheres gordas que desfilaram? Dava, e sobrava dedo em uma mão só. Mas era um começo – e eu sou otimista. Acreditei”, desabafa Thami. Eu também acreditei.

Mas, como ela bem conta em seu desabafo, o barraco desabou nesta temporada: “Foram trinta e três desfiles. Trinta e três oportunidades de ter pelo menos uma mulher ou um homem gordo na passarela. Nenhuma marca quis. Para ser justa, a única tentativa de sair do padrão foi da Água de Coco, que trouxe uma modelo curve – mas que vestia 42. Passa bem longe do 50 da minha etiqueta, que ainda é pequena se pensarmos que existem mulheres de tamanho 54, 60, 62, que também estão aí na rua consumindo e vivendo. E querendo ser representadas. Não custa lembrar: 53,8% dos brasileiros são, pelo menos, gordinhos, segundo o Ministério da Saúde”.
E por que não tem gorda na passarela, hein? Leia o texto da Thami e vem refletir com a gente sobre o assunto!